Apresentação

Este blogger foi criado com o intuito de explicar e orientar você diabético quantos aos cuidados que se deve ter em relação a diabetes mellitus. Lembre-se que a diabetes mellitus é uma doença que merece sua atenção. Ter um bom controle de sua glicemia, praticar exercícios físicos bem como manter uma dieta balanceada, são fatores fundamentais para se viver com qualidade e sem complicações.

Diabetes Mellitus do Tipo I

on terça-feira, 6 de julho de 2010

          A DM do tipo I pode ocorrer em qualquer idade, porém seu diagnóstico é feito geralmente antes dos 20 anos e constitui cerca de 8% a 10% dos casos de DM. No Brasil o número de pacientes com DM do tipo I é de 7,4 para cada 100 mil pessoas por ano em cidades do interior do Estado de São Paulo. Ainda no Brasil, dois estudos publicados avaliaram a incidência de DM do tipo I. Em Londrina, a taxa encontrada foi de 12,7/100.000, enquanto que em quatro cidades do estado de São Paulo, o acometimento da DM do tipo I, em jovens abaixo de 15 anos, foi de 7,6/100.000. As chances de o indivíduo adquirir DM do tipo I mundial varia muito, com os mais baixos índices no Continente Asiático (0,1/100.000), e as mais altas na Finlândia e Sardenha (36,5/100.000). O gráfico a seguir, demonstra a incidência de pessoas com DM do tipo I em diversos países como Finlândia, EUA, Brasil e Japão.

                                                       Fonte: Ministério da Saúde (1993)         
          
          O gráfico apresenta índices de diabetes mellitus do tipo I em alguns países, colocando a Finlândia em primeiro lugar com 30 mil habitantes acometidos pela DM do tipo I, o Brasil em décimo lugar com 7,6 mil e o Japão em décimo terceiro lugar com 0,8 mil pessoas.
          Neste tipo de DM ocorre uma dependência de insulina para que o indivíduo possa sobreviver, já que as células betas situadas nas Ilhotas de Langerhans são progressivamente destruídas num processo auto-imune. A diabetes do tipo I é associada ao risco cardiovascular e aumenta de quatro a oito vezes a mortalidade em seus portadores quando comparados a indivíduos não diabéticos de mesma idade. A DM do tipo I faz relação direta a complicações crônicas micro e macrovasculares, as quais comprometem estruturas de órgãos como rins, olhos, nervos, vasos e coração.
          Tem sido evidenciado que pacientes com diabetes do tipo I, possuem artérias mais rígidas do que indivíduos não-diabéticos da mesma faixa etária, e que este processo de enrijecimento arterial, inicia-se antes que qualquer sinal das complicações microvasculares ou macrovasculares possa ser detectado. Este aumento da rigidez arterial encontrado em pacientes com diabetes tipo I parece ser correlacionado com a duração da doença, independentemente da idade, e tem repercussões sobre o comportamento da pressão arterial desses pacientes. O risco de doenças cérebovasculares (DCV) em pacientes com DM do tipo I é particularmente elevado na presença de nefropatia diabética (ND). A ND tem sido didaticamente caracterizada em estágios de acordo com os valores de excreção urinária de albumina em microalbuminúria e macroalbuminúria.
          A DM é a causa mais importante de doença renal terminal em países industrializados. Recentemente, o UKPDS (United Kingdom Prospective Diabetes Study) mostrou que há um aumento progressivo da mortalidade de pacientes diabéticos à medida que aumenta o grau de comprometimento renal, podendo chegar a uma taxa de mortalidade de 19% ao ano nos pacientes com insuficiência renal. Em alguns países como a Finlândia, a nefropatia diabética em portadores de DM tipo I responde por dois terços dos pacientes com doença renal terminal, e, um terço dos portadores de DM tipo I podem desenvolver microalbuminúria, e cerca de 15% a 20% desenvolvem macroalbuminúria em 20 anos do diagnóstico do DM. Já em relação às complicações visuais, a retinopatia diabética (uma das causas mais freqüentes da cegueira) os capilares da retina apresentam alterações estruturais, que provocam hemorragias que cicatrizam inativando a fotorrecepção da área onde ocorreram, deslocando regiões vizinhas normais da retina. Assim, seguindo o tratamento da DM, é possível prevenir ou retardar essas complicações que alteram as estruturas para o bom funcionamento orgânico.

Referências:

CHACRA, A. R. Aumento da incidência de diabetes mellitus tipo I em crianças menores de 5 anos de idade. Revista da Associação Médica Brasileira. vol. 47, nº 01, 2001;

DE ANGELIS, Kátia; PUREZA, Demilto Y; LUCINAR, J. F. Flores; et al. Efeitos Fisiológicos do Treinamento Físico em Pacientes Portadores de Diabetes Tipo 1 – revisão - Arq Bras Endocrinol Metab vol 50, nº 6, São Paulo, Dezembro, 2001;

DE ANGELIS. Kátia; DA PUREZA. Demilton, et al Exercício Físico e Diabetes Mellitus do Tipo 1 – Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. 2005; 6 Supl A: 7-20;

GROSS, J. L; NEHME, M. Detecção e tratamento das complicações crônicas do diabetes mellitus: Consenso da Sociedade Brasileira de Diabetes e Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Ver. da Assoc. Méd. Bras, vol 14, n 3, p. 1-11 1999;

SAMPAIO, Emerson; ALMEIDA, Henriqueta G. G; DELFINO, Vinícius D. A. Nefropatia e Retinopatia em Diabéticos do Tipo 1 de um Programa de Atendimento Multidisciplinar Universitário – artigo original - Arquivo Brasileiro de Endocrinologia Metabologia. 51/3 Londrina, 2007;

SILVEIRA, Vera Maria Freitas; MENEZES, Ana Maria Baptista et al. Uma Amostra de Pacientes com Diabetes Tipo I no Sul do Brasil – artigo original -- Arquivo Brasileiro de Endocrinologia Metabologia ; vol 45 nº 5. Rio Grande do Sul. Outubro, 2001;

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